quarta-feira, 20 de março de 2013

Salvo engano, Feliciano não combina com Direitos Humanos

Não basta perguntar: que país é esse? Temos que entender e procurar saber que Congresso, qual Câmara dos Deputados ou Comissão dos Direitos Humanos, enfim, que instituições são essas que permitem esse descalabro de manter-se o deputado Marco Feliciano na presidência justamente da Comissão de Direitos Humanos? Se a eleição desse fanático já foi um desrespeito para com a sociedade brasileira, o que pensar então da manutenção dele no cargo por tanto tempo?
Hoje parece que começou a surgir uma luz no fim do túnel, com a interferência do presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves, no sentido de convencer o Partido Social Cristão (PSC), de Marco Feliciano, a fazer o óbvio que já devia ter sido feito: solicitar ao deputado-pastor que deixe a presidência da Comissão e estanque o desgaste sofrido desnecessariamente por toda a instituição.
As declarações homofóbicas e preconceituosas lançadas por Marco Feliciano o desqualificam para presidir qualquer comissão do Poder Legislativo, quanto mais a dos Direitos Humanos. Só existe uma explicação para a insistência desse deputado em permanecer no cargo: quanto mais ele é criticado pela opinião pública, mais o seu eleitorado – que pensa igualzinho a ele – se apaixona pelo seu estilo desregrado de enfrentar os adversários.
Quanto mais apanha, mais Feliciano capricha no contorno das sobrancelhas e aquece as resistências do aparelho de fazer chapinha. Ao mesmo tempo, cresce a solidariedade de baixo calão, regada a termos chulos, do deputado Jair Bolsonaro. É o caso de perguntar: Ainda existe Comissão de Ética na Câmara dos Deputados? E o tal do decoro parlamentar ainda está na pauta?
Hoje dia 20 de março termina o Verão e começa o Outono Austral. Bom momento para o deputado Henrique Eduardo Alves conseguir abaixar a temperatura na Comissão de Direitos Humanos, que há um bom tempo não consegue exercer suas funções. Boa hora também para o partido do deputado Feliciano lembrar que carrega em seu nome a palavra Cristão, que não combina com preconceito e ódio.
E amanhã, dia 21 de março... Vixe, Maria! É Dia Mundial do Teatro... Já imaginaram se o deputado Marco Feliciano aparecer diante das câmeras, de braços abertos para a plateia, travestido de dom Pedro de Alcântara, gritando: Digam ao povo que FICO!...
Ninguém merece! Mas se for por falta de adeus...


 

2 comentários:

  1. "Salvo engano, Feliciano não combina com Direitos Humanos" foi a melhor frase que já li até referente ao caso. E é isso mesmo Zé, esse ator que se faz vilão nesta peça, precisa imediatamente tomar o rumo dos vilões. Preconceito e racismo é crime e este bandido devia estar atrás das grades. Enfim, vamos esperar se hoje realmente sai um resultado positivo para findar esta novela.

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  2. O Feliciano sai, mas não será o fim da novela, não. Basta olhar a configuração atual do parlamento braileiro e veremos uma significativa bancada que, sob os véus do discurso religioso em suas várias vertentes, tenta barrar qualquer avanço. É uma bancada racista, homofóbica, preconceituosa e fundamentalista, reflexo das mentalidades igualmente atrasadas que representam.

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