quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Covid-19 leva uma pessoa querida: Dirce Ponce


Essa foto, com esse sorriso, estava guardada na minha memória, retida com uma lembrança de uma pessoa que jamais será esquecida. Dirce Ponce Leones faleceu, nesta quarta-feira (19/08) vítima da Covid-19, aos 86 anos. Nos deixa um legado importante de simpatia, gentileza e apreço pela cultura. Dedicou-se durante muitos anos à função de bibliotecária da Biblioteca Pública de Uruaçu, Goiás.

Dirce está guardada em nosso corações, como nessa foto e com todas as qualidades que possuía e revelava nas minhas lembranças desde os tempos de criança. Seu Roque, pai de Dirce, fazia rapé. A pedido de minha vó Naninha, fui várias vezes à casa da família comprar uma latinha do pó de fumo. Dirce, desde então, sempre recebia com alegria, gentileza e simpatia.

Dirce, com sua sobrinha Cilene Ponce
Fiz esses versos, publicados abaixo, com toda alegria do coração. Pois, é isso que ela retrata, e isso é o que ficará guardado na memória de muitos uruaçuenses que tiveram a oportunidade de conhecê-la.

Dirce merece nossas reverências. E a família, nossos sentimentos.

Dirce

José Carlos Camapum Barroso

Olha ela na janela
Quem não a viu por lá?
Simpática e bela
Alegre a nos acenar

Uruaçu entristecida
Nos convida a lembrar:
Pessoa tão querida,
Nos deixou seu olhar

Franco e acolhedor,
A revelar uma vida
Simples, feita de amor
Por anos bem vivida...

Olhem a foto da janela...
Sempre nos recordará:
O amor está naquela
Dama dos livros e do lar.

Foto mais que uma tela,
Retrato para se guardar.
Rosto que nos revela:
Dirce é o verbo amar.

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