Um e-mail do amigo e jornalista Cláudio Tourinho reavivou na memória boas lembranças. Faz ele um convite especial e irrecusável: um happy hour com os jornalistas e as jornalistas que trabalharam na campanha eleitoral de 1998 e nunca mais tivemos oportunidade de fazer esse encontro, que é algo tão simples e tão saudável. Os compromissos – e a falta deles – nos afastou, cada um pra um canto, cuidando de nossas vidas e da sobrevivência.
Os ambientes de redação
sempre foram muito saudáveis e de uma alegria contagiante. Não sei como eles são hoje, depois que os computadores interligados às redes sociais, os celulares,
laptops, tabletes e outras modernidades encheram os jornalistas de informações
on line, mas encurtaram bastante a capacidade de análise, o bom senso e a visão
crítica a respeito dos fatos. Mas, isso já começa a fugir do tema...
A verdade é que
conseguimos, graças à experiência de jornalistas como Carlos Max e Luiz Joca,
criar no comitê eleitoral um ambiente muito parecido com o das antigas redações
de jornais. O profissionalismo prevaleceu, cercado de muito companheirismo em
um ambiente cheio de alegria e brincadeiras.
As três repórteres –
Letícia Borges, Clara Favila e Eliane Trindade – eram as “vítimas” preferidas das
brincadeiras dos colegas. Também sabiam dar o troco... E o trabalho seguiu seu
trilho natural, mesmo com sobressaltos, até o fim da jornada.
Finda a empreitada,
seguimos nossos caminhos, mas mantivemos a amizade, o carinho e o respeito
mútuos. Eu, mais ou menos envergonhado pelos ataques cotidianos às três
meninas, fiz à época os versos abaixo, que hoje publico, juntamente com a bela canção
de Moraes Moreira, na interpretação maravilhosa de três meninas: Teresa Cristina, Jussara Oliveira e Rita Ribeiro.
Os demais... Sei lá se se redimiram... Mas, ainda há tempo. Joca pode fazer um poema – não vai diminuir sua condição de "macho" nordestino. O velho Max pode gravar uma ópera, com sua voz de
barítono arrependido. E Tourinho, sempre o mais ousado, pode arriscar uns passos
de balé, vestido em um elegante Tutu Italiano. O título da matéria será assim: Trio Parada Dura
homenageia a Santíssima Trindade.
Ave!
Santíssima Trindade
José Carlos Camapum
Barroso
Era uma...
Eram duas...
Eram três...
A arrancar de
nós tantos ais,
Tantas exclamações!!!
Quantas reticências...
Todas, por
serem damas,
Madonas em
excelência,
Passaram sobre
os “donos”,
Tragados pela
fina rebeldia.
Ah! Nós a nos
olharmos
Atônitos,
suplicando dia-a-dia:
Deem-nos gota
de elegância,
Um gole só
dessa picardia!
Misturem tudo
com charme,
Acrescentem suco
de sabedoria!
Teremos,
então, poção mágica,
Tão sonhada
pelos príncipes
Da Itália, de
Minas e da Bahia.
Afogaremos
nelas as frustrações,
Nosso despeito,
toda a vaidade...
Beberemos o
vinho das deusas,
O néctar da
Santíssima Trindade.
Viveremos,
felizes para sempre,
Conservados
no leito da amizade.
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