domingo, 14 de abril de 2013

Fifa não quer mas o povão vai chamar o estádio de "Mané"

Elza Soares contemplando o Estádio Mané Garrinha (foto Pedro Ventura)
A FIFA insiste em tirar o Mané Garrincha do nome do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha. É o suprassumo da arrogância e da prepotência dessa entidade que só representa os interesses das grandes empresas que estão bancando o futebol atualmente. Foi assim também nas últimas Copas do Mundo. Os estádios de Munique, na Alemanha, Durban, Johanesburgo (Ellis Park) e Cidade do Cabo, na África do Sul, tiveram seus nomes alterados temporariamente durante o Mundial.
A culpa por essa palhaçada estar ocorrendo é de todos os países que fazem da parte da federação mundial de futebol. Todos já deviam ter reagido a esse comportamento mesquinho e medíocre da FIFA. O chega pra lá não pode partir só do Brasil, ou, muito menos, apenas do Governo do Distrito Federal.
Vendo essa bela foto do Pedro Ventura, que já nos presenteou com outras obras de artes aqui no blog, fico imaginando quão feliz deve estar Elza Soares com essa notícia? Garrincha deve estar se esperneando lá no jazigo. E nós, torcedores e admiradores do bom e belo futebol, vamos ficando cada vez mais isolados. A beleza do espetáculo chamado futebol começou a perder espaço com a equalização dos estádios, que agora precisam ser todos organizados, com todo mundo sentado, sem calor humano e sem a Geral. O que são os estádios sem a Geral?
O Maracanã dos bons tempos abrigava entre 150 e 200 mil torcedores, fácil, fácil. Dos nove jogos de maior público da história do futebol brasileiro, quatro são da Seleção Brasileira e cinco do Flamengo. O recorde de público entre clubes foi o clássico e tradicional FlaxFlu, em 1963, terminado em 0x0 – como o Mengão precisava só do empate, sagrou-se campeão carioca daquele ano, com Maraca abrigando 194.603 torcedores.
A Fifa está fazendo com o futebol o que os japoneses fizeram com as frutas e verduras, deixando tudo sem gosto, insosso. Não tem mais graça assistir aos jogos de futebol de hoje, com o público todo arrumadinho, certinho, sentado em suas cadeiras numeradas. Bons eram os tempos do Mineirão do início da década de 70, que eu tive a oportunidade de acompanhar e ver em campo Tostão, Dirceu Lopes, Piazza, Dadá Maravilha, Vantuil e Oldair. No gol do Galo: Marzukievscki. E a geral lotada – eu lá, inclusive.
Agora vem a Fifa e tira o nome de Mané Garrincha do estádio durante os jogos da Copa da Confederação e Copa do Mundo de 2014. O que adianta isso? O povão vai continuar chamando o estádio de Mané Garrincha. Pronto e acabou.
Enquanto isso, vamos rever o Maracanã dos bons tempos e Elza Soares dando um show de brasilidade. De repente, dá até pra esquecer esses trogloditas da Fifa.
Bom final de domingo para todos e que a segunda-feira seja bem suave...
 

 

 

3 comentários:

  1. Prezado Zé Carlos,
    bota palhaçada nisso!É impressionante como se tripudia a memória do Mané!
    grande abraço, Marlon

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    1. É, Marlon, revoltante. Mas o povão vai gritar o nome do Mané durante os jogos. Tenho certeza. Grande abraço.

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  2. É realmente ridículo isso. E é claro que todos nós continuaremos chamando o Mané Garrincha de Mané Garrincha, ora bolas!

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