Falar
de jornalista em tempos de pandemia e de ataques agudos e latentes à liberdade
de expressão e ao nosso trabalho enquanto profissionais de imprensa, não é fácil,
mas, ao mesmo tempo é instigante e necessário. O mundo enfrenta um dos maiores
desafios da história, diante de uma doença que se espalhou e ainda se espalha indiscriminadamente,
levando sofrimento, morte e dor a milhares de pessoas e famílias.
Daquelas
coincidências que ninguém explica e por fatores diversos acabam se tornando uma
realidade única e alvissareira. O 7 de abril é uma data reservada para
comemorar, no Brasil, o Dia do Jornalista e, mundialmente, o Dia da
Saúde.
Os
profissionais de saúde são hoje os verdadeiros heróis da humanidade. Estão na
linha de frente no combate ao coronavírus e à Covid-19. Enfrentam de corpo e
alma um inimigo feroz, agressivo, desconhecido e persistente.
Os
jornalistas estão lado a lado com esses profissionais. A informação é a arma
mais poderosa enquanto não se conhece a cura de um mal tão avassalador. Vacinas
e medicamentos, por enquanto, estão no campo dos estudos, dos experimentos de
cientistas e especialistas.
Assim
como os profissionais de saúde, os jornalistas não param de trabalhar no dia em
que são homenageados. Na verdade, costumamos aproveitar essa data para refletir sobre a profissão, a
liberdade de expressão e as responsabilidades do jornalista.
Não
é fácil. O tema é espinhoso e envolve aspectos racionais, emocionais e algumas
vezes até completamente absurdos. Esse cenário, no Brasil vem sendo agravado pela
atuação fanática e irracional nas redes sociais de aspirantes ao fanatismo
político e à submissão ideológica e partidária.
No
dia Nacional do Jornalista é preciso refletir muito sobre essas e outras
idiossincrasias. Cada vez mais se torna real a advertência feita pelo escritor
Humberto Eco: as redes sociais deram voz ao idiota da aldeia. Uma voz que se
ergue cada vez mais forte e sonora não apenas contra os jornalistas e o jornalismo,
mas, também, contra a Ciência, a História, a Filosofia e todos os outros ramos
do saber.
Mas,
do que nunca é preciso trabalhar. Até no dia consagrado a nos homenagear, os
jornalistas trabalhamos. Ainda bem que é assim, pois a principal ferramenta
desse labor é o pensar, e não devemos abandoná-la nem quando dormimos.
Não
custa nada sonhar acordado. É quando surgem os verdadeiros e melhores sonhos.
Por isso mesmo, e por tantas outras coisas, temos orgulho de ser Jornalistas.
E orgulho maior ainda de defender e lutar pela liberdade para que ela possa abrir suas asas sobre nós.
Salve
o jornalista! Salve o profissional de saúde!
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