No dia escolhido
para homenagear os profissionais da Química, é bom lembrar que os
políticos desse nosso imenso Brasil são verdadeiros alquimistas,
principalmente em anos de eleição. Devemos estar sempre preparados para o imenso
besteirol que se divulga na propaganda eleitoral como se fossem conquistas e melhorias alcançadas pelo
povo brasileiro. Essa capacidade de transformar tudo que toca em ouro
não é privilégio só dos políticos que estão no poder. Também os
oposicionistas são capazes de nos surpreender, sempre.
E se esses políticos vivessem na Idade Média não
seriam considerados químicos, com certeza. Na verdade, não seriam nem mesmo alquimistas. Pela Igreja
Católica, a cada vez que se manifestasse, cada um deles seria tomado por um bruxo. Correria o risco de morrer queimado na fogueira, enforcado,
decapitado ou afogado. Tem político que é favorável à pena de morte. Aliás, tem político que é "favorável à tortura". Pasmem!
Pois era assim que a poderosa Igreja
de então tratava as pessoas, principalmente as mulheres, que se aventuravam a
produzir suas porções ou elixires. Em dois séculos daquela Era, mais de 50 mil
mulheres foram assassinadas por terem sido consideradas bruxas.
Na verdade, o que faziam era misturar extratos de
flores de Dedaleiras, com sapos secos e extratos de raízes de Serpentina no
óleo de amêndoa. Estava pronto o Elixir do Sono Profundo, que adormeceu Branca
de Neve, a Bela Adormecida e até Julieta, de William Shakespeare, na imortal
paixão por Romeu. Sócrates foi condenado a morrer envenenado pela Cicuta. Na
idade média, as “bruxas” sabiam produzir o elixir da morte à base de semente de
Cicuta, misturada com extrato de semente de Estricnina, cujo principal alcaloide é a
estricnina, e mais uma vez o sapo seco – tem-se aqui o Elixir da Morte.
As alquimistas de então também faziam o Elixir do Amor, que misturavam em óleo de amêndoa, raízes de Mandrágora (narcótico e afrodisíaco), com flor de Meimendro (alucinógeno), nozes de Areca e Cânhamo-Amarelo (pura adrenalina). Diziam que essa poção servia para elevar o bem-estar.
As alquimistas de então também faziam o Elixir do Amor, que misturavam em óleo de amêndoa, raízes de Mandrágora (narcótico e afrodisíaco), com flor de Meimendro (alucinógeno), nozes de Areca e Cânhamo-Amarelo (pura adrenalina). Diziam que essa poção servia para elevar o bem-estar.
Elas produziam coisas mais
interessantes ainda. Inclusive um unguento que era passado na vassoura para que
pudessem voar até a floresta – diziam as más línguas que era aonde iam
participar de diabólicas orgias. Nessa poção fantástica, elas adicionavam Beladona,
folhas de Dama da Noite, extrato de raízes de Mandrágora e misturavam tudo no
óleo de amêndoa e gordura de bebê – de preferência recém-nascido ainda não
batizado.
Assim os poderosos da época faziam a química
de misturar verdades com mentiras e transformar as alquimistas de então em
bruxas. Tudo isso acabava na fogueira, infelizmente, em nome de Deus. Foram os artistas de então, por meio da poesia, literatura e libelos, que fizeram frente a tamanha desumanidade. Hoje, os chargistas enfrentam o fundamentalismo sanguinário e pagam com a vida. Há também os que querem utilizar a draconiana Lei de Segurança Nacional, da ditadura militar, contra chargistas e humoristas.
Os políticos, acima mencionados, fazem suas poções mágicas com extrema facilidade e desfaçatez. Mas não são capazes de tirar o brilho dos profissionais de Química, que merecem nossa sincera homenagem no dia de hoje. A eles os nossos parabéns, e também as nossas esperanças de que um dia, quem sabe, consigam encontrar a fórmula mágica capaz de espalhar, aos quatro ventos, sabedoria, discernimento, bom-senso e amor próprio.
Fiquem com Deus, com a ciência e com Jorge Ben Jor...
Fiquem com Deus, com a ciência e com Jorge Ben Jor...
Texto muito bom tio,o povo quer é reclamar so que nem sabe de que!que palhaçada.ABRAÇO.
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