quinta-feira, 28 de julho de 2022

Agosto começa com bela homenagem ao artista Clodo

Mês de agosto começa, este ano, com bons fluidos para ajudar a superar a máxima de que é o mês do desgosto. Já no dia 2, uma terça-feira, o mundo cultural tem um encontro marcado com uma celebração cênica, poética e audiovisual, cantada em versos e contada em boa prosa, na batida do coração.

Trata-se do espetáculo Clodo - A Revelação, com a cantora Sandra Duailibe, um projeto, com recursos do FAC, sobre a obra do compositor, cantor e instrumentista Clodo Ferreira, em 2 de agosto, às 20 horas, no CTJ Hall, em apresentação única. 

Clodo é conhecido pelo valor da sua obra e por ter constituído o trio Clodo, Climério e Clésio, os irmãos piauienses, que fizeram sucesso no mundo musical, a partir da década de 1970. O irmão do meio, Clésio, no deixou mais cedo do que o combinado, em julho de 2010. Para se ter uma ideia do valor dos três, Nara Leão só compôs uma música em sua carreira, a canção Cli-Clé-Clô, em homenagem aos três irmãos compositores. Foi gravada no álbum Romance Popular, de 1981.

Sobre o homenageado, a cantora Sandra diz que o conheceu, pessoalmente, há 22 anos. “Foi um presente de Deus. A convivência me fez ver nele, além do artista que já admirava, um homem digno, sereno, gentil e genial, que se reinventa a cada estação. Merece ser homenageado e o Brasil precisa conhecer mais a fundo o homem que semeia o bem e embeleza nossas vidas com arte. Clodo faz parte da história da música deste país”, afirma a idealizadora do projeto.

Durante o espetáculo, que contará com intérprete em libras, Sandra conduzirá o encontro marcado por muitas surpresas. Da parte musical, serão 12 canções interpretadas por ela, em sua maioria, Clodo e pelo convidado especial Farlley Derze. As notas extras de afeto e talento serão dadas pela participação do violonista João Ferreira e do percussionista Pedro Ferreira, os maiores orgulhos do pai, Clodo. No repertório, “Cada Dia”, “Carece de Explicação, Corda de Aço, Revelação e outros sucessos que marcam fases e parcerias importantes de sua trajetória e de tantos intérpretes, a exemplo da própria Sandra.

Mais que um show, Clodo - A Revelação é uma homenagem ao instrumentista e compositor, que, além, da carreira solo, tem canções interpretadas por grandes nomes como Milton Nascimento, Nara Leão, MPB 4, Ângela Maria, Zizi Possi, Ney Matogrosso, Fafá de Belém, Engenheiros do Hawaii, Wando, Nilson Lima, Salomão di Pádua, Sandra Duailibe e tantos outros. A construção do evento, de forma intimista e elegante, busca passar ao público um pouco do tanto que o Clodo é.

A atração começa já no hall do teatro. Momentos da história de Clodo serão revelados através de um painel fotográfico e de um telão, onde lhe serão dedicados depoimentos. Também haverá exposição de 32 obras feitas a partir da fusão da fotografia e pintura digital—nova faceta artística de Clodo--, além de um espaço para comercialização de livros e produtos fonográficos dos artistas que compõem esse espetáculo.  

Os irmãos Clésio, Climério e Clodo

Sobre o espetáculo, o homenageado diz que o enche de alegria. “Primeiro: ela já gravou a música Revelação em versões ótimas e é uma cantora expressiva, que enriquece a produção musical com sua energia positiva. Segundo: este reconhecimento muito generoso é também um presente de aniversário, já que completarei 71 anos de idade em 30 de julho.”

Clodo se diz enaltecido por receber tudo isso na cidade onde ele mora desde os 13 anos. “Trago lembranças eternas de minha terra natal, mas foi em Brasília que fiz meu trabalho. Ela também resgata canções com meus irmãos e inclui no repertório canções mais recentes, conta a história e apresenta duas produções atuais: as peças visuais e a música instrumental em partitura. Para completar, ainda envolve meus filhos”, declara o homenageado.

A partir da capital do país, o artista, nascido em Teresina, no Piauí, desenvolveu uma carreira de muitos frutos ao longo de cerca de 56 anos, cantando e compondo só, com os irmãos Clésio e Climério, e também com artistas de renome internacional como Dominguinhos, Fagner, Evaldo Gouveia e Fausto Nilo.

Nara Leão com o trio Cli-Clé-Clô

Simultaneamente, tornou-se mestre em comunicação e doutor em História, contribuindo como acadêmico à frente da disciplina “Comunicação e Música”, na Universidade de Brasília (UnB). Hoje, o talento de Clodo também trilha outros caminhos. E se a música tem sido o principal veio de sua criação, a pintura fotográfica, descoberta durante a pandemia, tornou-se uma de suas paixões.

“Quando Fagner gravou ‘Cebola cortada’, de Petrúcio Maia e Clodo, em 1977, quase furei o disco de tanto ouvir. A música diz ‘Sempre lembrando para a gente que amar nunca faz mal’. Trago essa verdade comigo. Clodo estuda, ensina, toca, canta, compõe e nos mostra, em sua obra, que o amor, quando bem sentido, é o caminho, o encontro, a salvação”, revela Sandra.

Mês de agosto, por tudo isso, começa com o pé direito na área cultural. Reservem um tempinho para a próxima terça-feira, divirtam-se com tudo de belo e artístico que Sandra Duailibe e sua equipe prepararam, com carinho e dedicação, para homenagear um artista valioso e valoroso da nossa cultura.

Serviço:

Clodo- A Revelação, por Sandra Duailibe

Data: 02 de agosto

Horário: 20h

Local: Casa Thomas Jefferson Hall (SEPS 706/906)

Entrada: Ingressos gratuitos poderão ser retirados no local, no dia do evento, a partir das 17h

Capacidade: 208 lugares

Classificação indicativa: Livre

Informações: (61) 99259-2824 (Ester Braga)


Nenhum comentário:

Postar um comentário