domingo, 8 de maio de 2011

Mãe só se tem uma, mas eu tenho várias...


Mãe só se tem uma é bastante questionável, pois tenho minha mãe Iracema, que me trouxe para este mundo e permitiu que eu chegasse aonde cheguei, sendo responsável por tudo que tenho de bom (nem sei se é muito), mas as coisas que tenho de mais ou menos, ou abaixo disso, são conseqüências das fraquezas do ser humano. Outra mãe na minha vida é a mãe dos meus filhos, a Stela, com quem tenho a felicidade de conviver por um tempo que parece muito, mas é pouco. Tornou-se mãe no ano de 1983, quando nasceu o Ramiro; depois veio o Jordano e o lado maternal consolidou-se para sempre. Mãe dedicada e sempre presente, mesmo quando está fisicamente distante.

As outras mães são as mães dos meus sobrinhos, com as quais sempre convivi muito de perto: Juracema, Celiana, Ceres Maura, Jane Elmar, Mércia, Vagna e Elizabeth. Acompanho as alegrias delas, seus orgulhos com os filhos, seus sofrimentos e a luta diária para que seus pupilos e pupilas sejam mais do que elas conseguiram ser nesta vida. (Algumas foram até meio irresponsáveis, pois confiaram a mim o status de padrinho de alguns deles). Tem também umas mães mais apressadinhas, que se anteciparam às que seriam as mães dos meus netos, trazendo para este mundo os meus sobrinhos-netos. São elas Tatiana e Ludmila, mães do Filipe e da Luisa. Novinhas, mas plenamente aptas para essa difícil e árdua tarefa.

Existem outras mães que circundam o meu universo. São as primas que se tornaram mães e as mães dos meus primos, com os quais tive uma convivência muito próxima, desde os tempos de criança. São elas: Maria Enoy, Marília, Josefa, Vandira, Irani, Julieta, Vildean, Maria Camapum, Cleomar, Zizi, Dolores, Raimundinha, Constância, Miriam, Neuza, Angelina e Terezinha Barroso (tia Tetê). Algumas delas já nos deixaram cheios de saudades, mas felizes porque temos a certeza de que cumpriram suas missões. Foram também um pouco mãe para mim e me ajudaram muito.

Saúdo todas elas neste dia cheio de simbolismo, embora se possa dizer que é apenas um dia comemorativo para quem merece ser homenageada durante todo o ano. Acrescento nesta felicitação também as mães dos primos mais distantes, dos que se tornaram primos a partir da minha convivência com a Stela, das mães dos meus amigos, das amigas que se tornaram mães (Margot, in memoriam), dos colegas de trabalho e de profissão, dos conhecidos e desconhecidos e, principalmente daquelas mães que tiveram a dor de perder um filho – em nome delas saúdo minha sogra, que já nos deixou, mas teve que passar por essa provação. Não esqueço jamais de suas palavras: “Deus me permita que eu nunca mais passe a dor de perder um filho”. Minha forma de homenagear as mães é pedir a Deus que conceda a todas elas pelo menos a metade da felicidade que desejam para os filhos. Amém.

Outro ser
José Carlos Camapum Barroso

Quem me dera dar à luz
Um filho. Iluminá-lo pela vida.
Dar a ele carinho protetor,
Esconder dele o pesadelo
E trazer o sonho do amor.
Acordar de madrugada
Abraçando sua presença,
Temendo pela ausência,
Livrá-lo do mal e da dor.

Quem me dera alimentar
Um filho com o próprio leite...
Protegê-lo com o sangue
Que jorra suave das veias.
Embalsamá-lo, se preciso,
Pra amá-lo eternidade afora.
Sem perder seu sorriso,
Nem escorrer gota de lágrima,
Trazê-lo antes de ir embora.

Quem me dera ter e ser
Tudo isso, Senhor, em vida.
E sonhar com a felicidade
Que das estrelas cadentes
Um dia tornar-se-ia desejo.
Noutra dimensão do sonho,
Este ser, então benfazejo,
Agora mais que humano,
Seria simplesmente mãe!




5 comentários:

  1. Bela homenagem, de muito conteúdo e ternura....abraços a vc e a todas essas mães especiais que vc mencionou...aqui e alhures, enfim às mães, que elas são mesmo especiais e não deveriam morrer nunca, como disse Drummond..

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  2. Foi muito bom o nosso dia das mães. AS fotos tiradas por você e a Tati sempre ficam boas. Ser mãe é muito bom, ser pai deve ser também muito bom . Sem querer ser baixo astral me lembrei do Mário Quintana: "Como a gente gosta de pai e mãe, é uma forte amor, mas não sei porque só temos essa dimenção quando eles partem". Me lembro do meu pai e acho que ele significou mais do que eu imaginava. Obrigada a você e a Stela pela nossa festa. Beijos !

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  3. Linda mensagem. Um dia, gostaria de escrever tão maravilhosamente, como você faz.
    Marina

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    1. Obrigado, Marina. Ponha pra fora os seus sentimentos, seus sonhos e as sua paixões. Expresse aquilo que você realmente pensa. Não tenha medo das emoções nem deixe de ser racional. Tenho certeza que sairá um belo texto. Grande abraço.

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  4. Lindo demais queridinho ! Obrigada.

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