O Brasil é um país rico em atividades
folclóricas, mas, tivemos que importar a palavra folclore da cultura saxônica (“folk”,
povo, e lore, saber). Não temos na nossa língua um termo que defina
essas manifestações vindas do saber popular, oriundas dos indígenas, negros
escravizados e colonizadores portugueses, holandeses e franceses. A estes se
somaram posteriormente os migrantes que para o Brasil vieram em busca de
trabalho, principalmente italianos, japoneses, espanhóis e sírio-libaneses.
Somos frutos dessa miscigenação intensa
e irrestrita, que nos proporcionou atividades culturais ricas e diversificadas,
que encantam turistas de todos os recantos do mundo. É apaixonante ver uma
folia de reis ou uma catira nas regiões do Centro-Oeste e das Minas Gerais, uma
festa junina no Nordeste, uma roda de samba nos morros cariocas, um
bumba-meu-boi no Norte e as danças típicas dos gaúchos dos pampas.
Nosso universo de lendas, mitos e
contos folclóricos é infinito. Vai do Boitatá, passando pelas histórias do
Boto, da mula-sem-cabeça até o Saci-Pererê, que o cartunista Ziraldo
imortalizou nas geniais histórias em quadrinhos. São frutos da criatividade
popular e foram preservados de geração em geração.
Nossa culinária – com seus pratos
típicos, iguarias e quindins – mostra uma variedade excitante de sabores, cores
e aromas, que vão do cuscuz à tapioca, passando pela feijoada, a dobradinha, o
bobó de camarão, o vatapá, o verde do chimarrão, o azul do araçá, o doce do
buriti e de ambrosia, o pato no tucupi, o tacacá, as peixadas e tantas outras
delícias advindas da nossa cultura popular.
Hoje é Dia do Folclore Nacional, dia de
preservarmos a memória da nossa cultura popular ouvindo o canto das lavadeiras
do vale do Jequitinhonha, do rico folclore da região pobre do norte de Minas.
Em seguida, a bela interpretação de Mônica Salmaso, acompanhada de Paulo
Freire, para a folclórica Cuitelinho, recolhida por Paulo Vanzolini. E esses
versos de Manuel Bandeira, poeta brasileiro que teve ligações umbilicais com o
folclore.
Adivinha
O animal deu nome às ilhas:
Estas deram nome à ave.
O animal como se chama?
Como se chamam as ilhas?
E
como se chama a ave?
Responda,
senhor ou dama.
(Manuel
Bandeira)
Maravilha, o canto das lavadeiras, há outras e mais outras, lindas ! Sempre me interessei por essas cantorias porque há letras de ricas poesias . Genial meu irmão ! A Felicidade de Aninha, nossa lavadeira, nunca esqueci. Parabéns !
ResponderExcluirSào melodias melancolicas, lamentosas...será da herança portuguesa, do fado, ou porque as classes populares que cultivaram essas músicas eram os explorados, os escravos, os colonos, os agregados das roças, as lavadeiras? Mas alegre ou triste, comove, nos transporta para a nossa infância interiorana, é coisa nossa..Abs...
ResponderExcluirMuito lindo !!!! O Brasil é belo...extrememente belo!
ResponderExcluirparabéns!
abraço,
Melissa
Que lindo!!!!! Nosso riqueza cultural, emociona mesmo.
ResponderExcluirMuito legal.
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