quinta-feira, 11 de julho de 2013

Brasil esquece de debater gravidez na adolescência


Dezesseis milhões de adolescentes dão à luz todos os anos nesse mundão de Deus. Outras 3,2 milhões submetem-se a abortos inseguros, enfrentando lesões, doenças e até mortes nesses procedimentos. Quinze em cada cem adolescentes grávidas fazem aborto anualmente. A população mundial já passa de sete bilhões de pessoas e deverá chegar a 9,6 bilhões em 2050. Os dados são do Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA) e foram divulgadas neste 11 de julho, em que se comemora o Dia Mundial da População.
Mais de 140 países em todo o mundo comemoram essa data, instituída em 1987, quando a população mundial chegou a cinco bilhões de pessoas. Este ano, a ONU destaca o tema da gravidez na adolescência. A superação desse problema depende de educação, educação e educação. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, alerta para o fato de que, “quando uma jovem garota é educada está mais propensa a se casar mais tarde, atrasar a gravidez até que esteja mais madura, ter filhos saudáveis e ganhar uma renda mais elevada”.
Estudos revelam que “a gravidez na adolescência está profundamente enraizada na pobreza, desigualdade de gênero, violência, casamentos precoces ou forçados, desequilíbrios de poder entre as adolescentes e seus parceiros homens, carência de educação e falhas dos sistemas e instituições em proteger seus direitos”, segundo o diretor executivo do UNFPA, Babatunde Osotimehin.
As centrais sindicais brasileiras realizaram hoje o dia nacional de luta. Ninguém fez uma referência sequer aos problemas acima, nem mesmo quanto ao drama vivido pelas adolescentes e suas famílias com a gravidez precoce. Estão todos de olho nas eleições sindicais deste ano e as eleitorais de 2014.
Aliás, perguntar não ofende: o Dia Mundial da População teve alguma comemoração no Brasil?


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