Para esse belo desenho de Emília
Ulhoa, aceitei o desafio que ela me fez e tentei riscar e arriscar alguns versos. Com certeza, a desafiante levou a melhor sobre o desafiado. Mas, vou pedir a ela uma revanche. Se os versos não alcançaram as alturas dos traços de Emília, pelo menos, com certeza,
sobrará aos amigos aqui do blog a oportunidade de apreciar mais um belo
trabalho dessa grande amiga, talentosa, sensível, obstinada e criativa como
normalmente costumam ser os mineiros e as mineiras – mais ainda de Paracatu.
Superquadras
José Carlos Camapum Barroso
Quadras
quadradas,
Retângulos
obtusos,
Saídas em
círculos
De retas
infinitas...
Triângulo (in)
vértice,
Curvas imaginárias,
Onde paralelas
finitas
Enfim se
encontram
Entre duas
asas.
Povo e
povoado
Distantes do
amanhã.
Casa e
casebre...
Longe, perto,
edifício...
Um mato que
mata
Um sonho,
pesadelo.
Árvore arvoredo...
De buscar bem
cedo
Antes que o
retorno
Sombrio da
noite
Tire o Eixo
dos eixos.
Brasília em
brasa.
Círculo do
circo
Que teima em circular.
Brasília de traços
Vistos do
horizonte...
Hoje ainda de
manhã,
Belas tardes
de ontem.
Do agricultor francês, fazendeiro e escritor Jean-Marie Butruille recebi o seguinte comentário por e-mail:
ResponderExcluir"Gostei do seu poema que corresponde à gravura, pela evocação da geometria e no meio de tudo isso alguma desordem imaginada.
Jean-Marie"
LETRAÇOS!!!
ResponderExcluirO poema é muito Brasília, fiel a sua Arquitetura e ao desenho da Emília, mas tem sentimento, cores, calor humano, o poema vibra ! Ficou lindo, melhor do que o real, é linda Brasília, mas é fria .
ResponderExcluirLindo Zé, maravilha!
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