Minas Gerais é o estado campeão dessa
façanha pela quarta vez seguida. Só os mineiros foram responsáveis por 40% de
tudo que foi desmatado nesse período, contribuindo com a supressão de quase 11 mil hectares. A
Bahia ficou em segundo lugar e o Piauí, que foi incluído pela primeira vez no
acompanhamento, garantiu a terceira colocação. Foi a maior área devastada de
vegetação nativa da Mata Atlântica desde 2008.
Uma situação que vai pela contramão do
que vem sendo alcançado na Floresta Amazônica. Lá a meta de redução da área
devastada vem sendo alcançada, anualmente, e deixa o Brasil cada vez mais
próximo de atingir a meta voluntária de reduzir o desmatamento para 3,9 mil
quilômetros quadrados anualmente até 2020, na floresta Amazônica. A área devastada de
junho de 2011 a junho de 2012 foi de 4.571 quilômetros quadrados.
As autoridades federais precisam dirigir
suas atenções para a região do Cerrado, no coração do Brasil. O mesmo programa
de monitoramento da Floresta Amazônica precisa ser implantado na região do
Cerrado, que já perdeu metade da sua cobertura natural. Esse é um bioma de valor
inestimável para os brasileiros, mas que está meio esquecido do ponto de vista da preservação. Ao mesmo tempo,
alguma coisa precisa ser feita, também com urgência, para deter a fúria devastadora da
Mata Atlântica (na verdade, o pouco que ainda resta dela).
Minas Gerais, oh, Minas Gerais!
Acordai do sono profundo, em berço esplêndido, que impulsiona um
desenvolvimento nada sustentável. Antes que seja tarde! Ou, como disse Milton
Nascimento, amanhã, nada será como antes.
PS – quem quiser ver ou rever o texto
sobre esse tema, escrito em 2011, clique aqui.
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