A
Covid-19, esse mal que assombra e entristece o mundo, tirou a vida do
compositor e cantor Aldir Blanc, aos 73 anos. Um dos maiores talentos da nossa
história musical, foi parceiro de João Bosco, com quem compôs clássicos como O
Bêbado e a Equilibrista, imortalizado na voz de Elis Regina, e virou hino da
redemocratização e da anistia política.
Aldir
Blanc, morreu na madrugada desta segunda-feira (4), no Hospital Pedro Ernesto,
em Vila Isabel, no Rio de Janeiro, onde estava internado com coronavírus. Com
infecção generalizada em decorrência do novo coronavírus, Aldir Blanc estava
internado no CTI desde o dia 15 de abril. Ele foi diagnosticado com a doença no
dia 10 de abril.
A sua filha Isabel dava quase diariamente notícias sobre o estado de saúde do pai. Nos últimos dias, ela se mostrou preocupada com o quadro agravado do compositor, que teria piorado na resposta ao tratamento.
Aldir Blanc surgiu para o público ao lado
do eterno parceiro João Bosco, em 1972, em um projeto do jornal carioca O
Pasquim chamado “Disco de Bolso”. Na época o semanário lançava um compacto simples,
pequeno disco de vinil com duas canções. De um lado um artista consagrado, que
no caso foi Tom Jobim com “Água de Março” e, do outro, a dupla com a canção
“Agnus Sei”.
Foi no início de 1973 que conheci esse compacto simples. O primeiro contato com a obra de Aldir Blanc e João Bosco cativou-me e me transformou num fã de carteirinha da dupla. Passei a ser um eterno apaixonado pelo trabalho que desenvolveram ao longo de décadas. Ele foi também um talentoso cronista do dia a dia da cidade do Rio de Janeiro e de grandes temas da vida nacional.
Hoje
é um dia muito triste para nossa música popular. Seus parentes, amigos e fãs
não vão poder velar o seu corpo, despedir desse artista maravilhoso e
inspirador.
Vamos ouvir músicas desse talentoso artista, rezar pela alma dele e pedir conforto aos seus familiares e amigos.
R.I.P
Aldir Blanc!
Que tristeza!!
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