domingo, 3 de maio de 2020

Tempestade tropical, um belo livro de memórias


A amiga escreveu e publicou um livro que nos faz viajar pelo mundo, por mares, ares, cidades, bairros, centros e condomínios, de uma forma prazerosa. Como se estivéssemos lendo uma obra de pequenos contos, crônicas, intercaladas de poesias, e versos de canções que não podem e não devem ser esquecidas, vemos a escritora usar sua memória e anotações para que visitemos lugares, momentos históricos e instantes jornalísticos, tudo regado a muito talento e uma leveza indescritíveis.

A amiga é Clara Favilla, a Clarinha; o livro, Tempestade tropical. Recém lançado on-line, pelas redes sociais – em tempos de isolamento – o livro é da Musa Editora, o belo e moderno projeto gráfico, de Renata Ratto. Já está disponível ao preço de 70 reais para entrega na Asa Sul e Asa Norte, e de 79 reais para os demais locais do DF e de outros estado. As apresentações são do escritor Fred Navarro (Assim Falava Lampião e Dicionário do Nordeste) e da jornalista Mônica Waldvogel.

“Para justificar a vida presente, lembramos até do que não aconteceu. E, muita vezes, o que não deixamos acontecer vira a mais bela ou terrível verdade”. Diz a autora na abertura de um dos nove capítulos do livro. Como diz a jornalista Mônica Waldvogel, “o resultado é um relato emocional poético, um transbordamento da vida que não foi reportada, nem poderia ser, nos anos de jornalismo”.

Conheci Clara Favilla, “a amiga” – porque é assim que ela fala com as pessoas e das pessoas, principalmente dos personagens que circulam por Tempestade tropical –, quando trabalhamos na assessoria de comunicação da campanha de reeleição do então presidente Fernando Henrique Cardoso. Me cativou pela sua competência, capacidade de apuração e de expressar o que precisava ser divulgado. Mas, principalmente, pela sua capacidade de valorizar e apreciar as pessoas, os amigos.

O livro é uma obra necessária e de leitura imprescindível para todos que circundam pelo universo do jornalismo. Uma obra que recomendo àqueles que apreciam a literatura, o texto poético e sensível, principalmente para quem sabe que recordar é viver e viajar é um dos maiores prazeres da nossa existência. Ela viaja, vai e volta, lembra e relembra, mergulha no passado de suas memórias... e o leitor vai junto, deliciosamente encantado.

“O jogo de lembrar não é limpo nem para os corajosos”, diz a autora. E eu acrescento que lembrar, recordar, trazer de volta aquilo que vivemos ou deixamos de viver, é um eterno deleite.

Em tempos de pandemia, de isolamento social, taí – eu fiz tudo pra você gostar de mim uma obra que tem uma capacidade extraordinária de preencher nossos vazios, não apenas aqueles relacionados ao tempo, mas, também, aos da alma e da razão de existirmos.

Por falar nisso, amiga... existir, a que será que se destina...

Serviço:

Nenhum comentário:

Postar um comentário