A amiga escreveu e
publicou um livro que nos faz viajar pelo mundo, por mares, ares, cidades,
bairros, centros e condomínios, de uma forma prazerosa. Como se estivéssemos
lendo uma obra de pequenos contos, crônicas, intercaladas de poesias, e versos de
canções que não podem e não devem ser esquecidas, vemos a escritora usar sua memória e
anotações para que visitemos lugares, momentos históricos e instantes
jornalísticos, tudo regado a muito talento e uma leveza indescritíveis.
A amiga é Clara
Favilla, a Clarinha; o livro, Tempestade tropical. Recém lançado
on-line, pelas redes sociais – em tempos de isolamento – o livro é da Musa
Editora, o belo e moderno projeto gráfico, de Renata Ratto. Já está disponível ao
preço de 70 reais para entrega na Asa Sul e Asa Norte, e de 79 reais para os
demais locais do DF e de outros estado. As apresentações são do escritor Fred
Navarro (Assim Falava Lampião e Dicionário do Nordeste) e da
jornalista Mônica Waldvogel.
“Para justificar a
vida presente, lembramos até do que não aconteceu. E, muita vezes, o que não
deixamos acontecer vira a mais bela ou terrível verdade”. Diz a autora na
abertura de um dos nove capítulos do livro. Como diz a jornalista Mônica
Waldvogel, “o resultado é um relato emocional poético, um transbordamento da
vida que não foi reportada, nem poderia ser, nos anos de jornalismo”.
Conheci Clara
Favilla, “a amiga” – porque é assim que ela fala com as pessoas e das pessoas,
principalmente dos personagens que circulam por Tempestade tropical –,
quando trabalhamos na assessoria de comunicação da campanha de reeleição do
então presidente Fernando Henrique Cardoso. Me cativou pela sua competência,
capacidade de apuração e de expressar o que precisava ser divulgado. Mas, principalmente,
pela sua capacidade de valorizar e apreciar as pessoas, os amigos.
O livro é uma obra
necessária e de leitura imprescindível para todos que circundam pelo universo do
jornalismo. Uma obra que recomendo àqueles que apreciam a literatura, o
texto poético e sensível, principalmente para quem sabe que recordar é viver e
viajar é um dos maiores prazeres da nossa existência. Ela viaja, vai e volta,
lembra e relembra, mergulha no passado de suas memórias... e o leitor vai
junto, deliciosamente encantado.
“O jogo de lembrar
não é limpo nem para os corajosos”, diz a autora. E eu acrescento que lembrar,
recordar, trazer de volta aquilo que vivemos ou deixamos de viver, é um eterno
deleite.
Em tempos de
pandemia, de isolamento social, taí – eu fiz tudo pra você gostar de mim –uma obra que tem uma capacidade extraordinária
de preencher nossos vazios, não apenas aqueles relacionados ao tempo, mas, também, aos da
alma e da razão de existirmos.
Por falar nisso, amiga...
existir, a que será que se destina...
Serviço:
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