O
que comemorar neste dia dedicado à Mata Atlântica? Não há muito. Mas existem razões
de sobra para usarmos essa data no levantamento de bandeiras de luta. A mais relevante
é contra a destruição do pouco que resta desse patrimônio do Brasil e do mundo.
A
origem dessa comemoração do Dia Nacional da Mata Atlântica é uma página curiosa
da nossa história. Foi no dia 27 de maio de 1560 que o Padre Anchieta assinou a
Carta de São Vicente, documento em que descreveu, pela primeira vez, a
biodiversidade das florestas tropicais nas Américas, entre elas a homenageada
de hoje.
A ONG alerta que o desmatamento de 14.502 hectares registrado mais uma vez está concentrado na Bahia, em Minas Gerais (nos limites com o cerrado) e no Paraná (em regiões com araucárias), com aumento, respectivamente, de 78%, 47% e 35% na destruição.
É
importante lembrar que a Mata Atlântica abrange
as maiores cidades e regiões metropolitanas do Brasil. Nela, moram mais de 145
milhões de pessoas. Mais de 80% da produção econômica nacional é gerada nessa
região, considerada o centro socioeconômico do país. Uma população relevante
depende da preservação desse bioma para continuar tendo abastecimento regular
de água. A vegetação remanescente, no entanto, ocupa cerca de 29% da área de
cobertura vegetal original do bioma.
Lutar pelo meio ambiente, pela floresta amazônica e
pela mata Atlântica é um dever de todos os brasileiros. É lutar pela nossa sobrevivência,
nossa existência.
Isso é cultura.
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