quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Livre pensar sobre uma foto antiga... É só pensar

Bons tempos esses das bolsas a tiracolo. Toda a responsabilidade cabia ali dentro, e ainda sobrava muito espaço para o lazer, viagens, comemorações, os amigos e tantas outras coisas boas e saudáveis. Éramos felizes e sabíamos. Não tínhamos medo das responsabilidades que iríamos abraçar: os filhos, principalmente.
Nenhuma felicidade é eterna. Temos que buscar novas e procurar renová-las sempre. A vida é um eterno caminhar, em que cada novo passo representa mais do que uma simples conquista: significa que vivemos, realizamos e tivemos e propiciamos prazer.
É muito bom quando o homem e a mulher buscam mesmos objetivos, embora, em alguns momentos, olhem para direções diferentes. Olhar para o céu não quer dizer um sonhador, distante e ausente. Muito menos, olhar direto para frente, em direção à realidade objetiva, traduz um realismo frio, calculista, desprovido de sentimentos e paixões. Nada disso.
Compreender as pessoas é muito difícil. Mas não é impossível... E quando alcançamos a sintonia, mesmo que ela não seja plena, o mundo fica melhor, mais fácil e incomparavelmente mais prazeroso.
A vida nos ensina que, muitas vezes, perdemos tempo e oportunidades buscando, ou procurando, a felicidade em um lugar distante, lá no horizonte. A vida nos mostra - sempre que temos essa rara oportunidade - que a felicidade está ali mesmo, debaixo de nosso nariz, a um palmo dos olhos. É uma questão, apenas, de saber e ter a sensibilidade necessária para ajustar o foco.
Felicidade é uma foto em branco e preto, de uma viagem qualquer, a um lugar tal desse imenso universo em que habitamos, depois de anos guardada com carinho e afeto. Felicidade é nos descobrirmos lá e aqui, hoje, como sempre fomos e continuaremos a ser: pessoas, com todas as fraquezas e grandezas que nos unem.
Uma foto é tudo isso e muito mais. Basta olharmos para ela mais de uma vez, com imaginação, carinho e afeto. Veremos todas as cores que formam a realidade, mesmo que esta, assim como aquela, seja ocasionalmente em preto e branco.

3 comentários:

  1. Bons tempos, Zé. Conheci vocês nessa época. Uma memória agradável.

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    1. Esse texto esteve no Zecablog certamente em alguma ida minha para Uruaçu, agora repassando mensagens é que li,adorei...com uma inspiração poética e reflexiva muito profunda, quase um lamento,sem fugir do realismo, apenas repassando,é o que as fotos nos faz . Quanto a bolsa ficou sua marca, espero que ela esteja guardada junto com as lembranças. Parabéns, belo texto.

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