sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Serra da Mesa e a poesia do amanhecer

Jurinha, minha irmã Juracema, sempre ocupa um espaço por aqui, com seus textos, poemas e poesias. Tem uma sensibilidade à flor da pele e consegue expressar muito bem seus sentimentos. Os textos dela, já publicados neste blog, podem ser vistos (ou revistos) clicando nos números: 12 3 e 4.
Hoje recebi mais uma ilustre contribuição dela, num texto feito no lago da Serra da Mesa, na nossa querida Uruaçu, e dedicado ao amigo, psicólogo e poeta Ítalo Francisco Campos. Sinto-me como se estivesse por lá, descansando às margens daquele lago tão bonito. Façam essa viagem, pode ser interessante...

Nasce o Dia
Juracema Barroso Camapum                         
                (para Ítalo Campos)

Já nasce o dia, escuro e frio...
No campo a vida está calada, 
Os pássaros ainda dormem,
Sapos rangem como cadeiras velhas.
O azul do céu tenta clarear.

Aprendi a viver no beiral de uma espera,
Na passagem de um vento,
Nas manhãs que surgem,
Nos labirintos que afligem a alma,
Chegando até o outro lado,
do outro, que sofre e lamenta.

Oh! Sinais da manhã próxima...
O céu reluz ofuscando o escuro,
E a sinceridade é definitiva.

4 comentários:

  1. Muito sensível, parabéns à Poeta, ao homenageado e à Serra da Mesa, com seu lago, seu sol e seus sonhos.....

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    1. Que foto maravilhosa! Tudo aqui é muito lindo. O DF é cercado de beleza por todos os lados! mas é preciso ter olhos para ver e para saber chegar...parabéns para vocês que fazem fotos, poesias e um blog tão bonitos !

      Abraços
      Melissa

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  2. Oh, poeta que canta o cerrado encharcado, com uma calma triste e bela. Os tumultos labirínticos da alma não a enlouquecem, ao contrário, emitem luz ofuscando o escuro.
    Eu merecedor da homenagem fico no meu arrepio, de dentro para fora uma sincera alegria.
    Viva a poesia!

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    1. Obrigada meu irmão pela publicação, e a todos que gostaram do poema. O Lago que encharcou nosso cerrado nos compensou com outras belezas: o amanhecer deslumbrante, o entardecer bucólico, e a convivência com os animais tão próximos, Garças, Capivaras, Araras Azuis, e muitos outros. Não deixem de conhecer, afinal está a 264 Km do DF . A homenagem ao amigo escritor e poeta , é pela sua sensibilidade e tolerância com os que se arriscam (como eu) no árduo labor de um poema . Obrigada Ítalo, Itaney, e Zé Carlos pelas belas palavras . Gosto muito docês.Beijos!

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