quinta-feira, 1 de março de 2012

Rio 40 graus, 447 anos e um milhão de belezas



O Rio de Janeiro não é apenas uma cidade. É também um estado de espírito. O astral, o humor e a disposição do visitante começam a melhorar quando se avista a cidade pela primeira vez. Aquela aproximação do Rio de Janeiro já compensa a viagem... Se chegamos de carro, então, melhor ainda. O sobe e desce da Serra do Mar, as curvas da estrada, o espalhar da vista em direção à Cidade Maravilhosa, tudo isso nos enche de contentamento.
O Rio completa hoje 447 anos à disposição dos cariocas, brasileiros, estrangeiros, indígenas e alienígenas, com sua Baía de Guanabara a nos receber plenamente, sob os braços abertos do Cristo Redentor. Suas montanhas íngremes e as ondas do mar o tempo todo a nos advertir: deixar esse cantinho não é fácil, meu irmão!
Cantado em versos e prosas, músicas, estampado em fotografias, cinemas, pinturas, o Rio é fonte inesgotável de inspiração. Suas belezas são naturais e opõem o azul do mar ao verde das matas, a imensidão do céu à limitação das serras, do concreto e das construções que desconstruíram os morros.
O Rio é tudo isso junto, amalgamado por uma energia sem precedentes e sem limites, embalado pelo ritmo do samba, o balanço da bossa-nova, a melodia do chorinho e os versos de Bandeira, Drummond e Vinícius. A musicalidade salta pelas bochechas de Pixinguinha, o queixo de Noel, o nariz de Cartola, os olhos de Chico e as orelhas de Ary Barroso. No peito, a batida forte de sambistas como Beth Carvalho, Luiz Carlos da Vila, Candeia, Monsueto, Silas de Oliveira, Martinho da Vila e tantos outros...
O Rio está lá, hoje, a comemorar seus 447 aninhos de existência, sob o calor do sol, a frescura das ondas e a ternura da brisa, que sopra pelo calçadão de Copacabana, os restaurantes, os bares e as ruas cheias de garotas, de Ipanema...
E nós aqui, pobres mortais, a encerrar mais um dia de trabalho, a torcer para que a sexta-feira chegue rapidamente e o fim de semana não seja tão quente. Vamos continuar a embalar o sonho de rever o Rio de Janeiro logo, antes que o Verão acabe. Se não for possível, depois que ele passar e chegar o Outono, o Inverno e a Primavera.
Enquanto isso, vamos ouvir Tom Jobim com a Garota de Ipanema, dele, de Vinícius e de todos nós brasileiros. E depois, corra lá fora e olhe o céu, que o sol vai trazer um bom dia, de Cartola, claro.
Viva o Rio de Janeiro!




Um comentário:

  1. Mt linda esta homenagem a cidade maravilhosa. Parabens!!!
    Dalva

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