quarta-feira, 22 de junho de 2011

1º Festival de Ópera não pode ser o último

Marlon Maia e Érika Kalina - desempenho impecável em Pagliacci, de Leon Cavallo
O 1° Festival de Ópera de Brasília está sendo um sucesso de público e de revelação de talentos de um universo artístico importante, mas pouco explorado e mal divulgado. Os espetáculos de óperas estavam longe dos teatros do Distrito Federal há quase dez anos.  As apresentações dessa iniciativa da Secretaria de Cultura começaram no final de junho com Mozart, continuaram nos dias 17 e 18 passados com Pagliacci, de Leon Cavallo, terão sequência nos próximos dias 23 e 24 com a ópera Cavalleria Rusticana, de Pietro Macagni, e serão encerradas no dia 28 com um concerto de gala.
Tanto tempo sem ópera na cidade é um desserviço para a cultura. Serviu apenas para aumentar a visão preconceituosa de que ópera é uma arte complexa, elitista e difícil de ser entendida e apreciada. Quem foi ao Teatro Nacional, na quinta e na sexta-feira da semana passada, teve a oportunidade de testemunhar o sucesso de público e o talento dos dois grupos que apresentaram a obra de Leon Cavallo.
O alto grau de satisfação de um público comprovadamente heterogêneo mostra que ópera é uma arte simples e, ao mesmo tempo, profunda. Tive a oportunidade de assistir à apresentação do dia 18, sexta-feira, com um grupo que incluía a participação da soprano Érika Kallina, no papel de Nedda – durante dois semestres foi minha professora e hoje é uma grande amiga.
A apresentação foi divina, tanto dos atores principais quanto do coral e da Orquestra do Teatro Nacional Cláudio Santoro. Vamos torcer e trabalhar para que este primeiro festival de ópera de Brasília não seja o último. A Secretaria de Cultura está de parabéns pela promoção e deve trabalhar com afinco para garantir a realização dos próximos.

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