O Dia Nacional da Liberdade de Imprensa costuma ser comemorado, sempre, com protestos ou muito trabalho da parte dos jornalistas. Não consegui fugir à regra. Trabalhei muito hoje, mas infelizmente tive pouco tempo para protestar contra aqueles que ainda teimam em restringir a liberdade de expressão.
Esse direito sagrado, conquistado a duras penas, está assegurado em nossa Constituição, mas, vira e mexe, tem algum poderoso de plantão querendo espremê-lo contra o paredão. Mas, os jornalistas vamos lutando, sobrevivendo e mantendo erguida essa taça que é um troféu de todas as sociedades democráticas.
Tenho saudades dos bons tempos de redação, nos duros tempos da ditadura militar, quando a luta para exercer com dignidade a profissão era diária. Depois veio a redemocratização e as conquistas puderam ser ampliadas, consolidadas, mas jamais deixaram de sofrer ameaças.
Lembro que várias canções foram algumas de nossas armas na luta pela liberdade, em momentos diversos. Desde as músicas de Sérgio Ricardo, passando por Geraldo Vandré (Pra não dizer que não falei das flores), Chico Buarque (Apesar de Você), Gonzaguinha (Comportamento Geral) e tantos outros.
Passados todos esses anos, de pleno exercício da democracia sem perder a vigilância, jamais, ouço essa canção de Marcelo Camelo em parceria com Dominguinhos. Liberdade tocou fundo na minha alma, neste Dia Mundial da Liberdade de Imprensa. Precisamos de coisas novas, assim. De gente nova, assim, dessa maneira, poética, sensível e entregue ao livre – e duramente conquistado – direito de sonhar.
O sonho não acabou, amigos. Os jovens repetem isso. A luta pela liberdade continua nas ruas, nas escolas, no trabalho, na poesia, nos versos da canção. Nos dias claros e nas noites que já não são mais tão escuras...
Aos amigos jornalistas um abraço forte, sem perder a ternura, jamais.
Liberdade
Marcelo Camelo
Composição : Marcelo Camelo e Dominguinhos
Perceber aquilo que se tem de bom no viver é um dom
Daqui não, eu vivo a vida na ilusão
Entre o chão e os ares, vou sonhando em outros ares
Vou fingindo ser o que já sou, fingindo ser o que já sou
Mesmo sem me libertar, eu vou
Daqui não, eu vivo a vida na ilusão
Entre o chão e os ares, vou sonhando em outros ares
Vou fingindo ser o que já sou, fingindo ser o que já sou
Mesmo sem me libertar, eu vou
É, Deus, parece que vai ser nós dois até o final
Eu vou ver o jogo se realizar de um lugar seguro
Seguro de que vale ser aqui
De que vale ser aqui onde a vida é de sonhar
Liberdade
Eu vou ver o jogo se realizar de um lugar seguro
Seguro de que vale ser aqui
De que vale ser aqui onde a vida é de sonhar
Liberdade
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