segunda-feira, 13 de junho de 2011

Versos resistem ao tempo, ao vento e ao mar

"Eis os versos que outrora, Ó mãe Santíssima,
te prometi em voto,
enquanto entre Tamois conjurados,
pobre refém, tratava as suspiradas pazes,
tua graça me acolheu
em teu materno manto
e teu poder me protege intactos corpo e alma."

(trecho do Poema da Bem Aventurada Virgem Maria,
do Padre José de Anchieta).

Esses e outros quatro mil versos do Padre José de Anchieta, escritos nas areias de Iperoig, em Ubatuba, venceram o tempo, a ação do vento e das ondas do mar. Estão vivos até hoje e fazem parte da nossa cultura, da qual Anchieta foi o precursor na literatura. Neste mês de junho, no último dia 9, Dia do Anchieta, foram completados exatamente 414 anos da morte desse português das Ilhas das Canárias.
Anchieta escreveu cartas, sermões, poesias, peças de teatro e uma gramática da língua Tupi, a mais falada do litoral brasileiro. Participou das fundações das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro e recebeu diversos títulos pela sua participação no processo da colonização brasileira, inclusive o de Apóstolo do Brasil.
Pouco antes de sua visita ao Brasil, no ano de 1980, o Papa João Paulo II anunciou oficialmente a beatificação do Padre José de Anchieta.
Este blog, voltado para a área cultural e jornalística, não poderia deixar de render suas homenagens a esse poeta que também dedicou boa parte de sua vida à música. Anchieta está na raiz da nossa cultura. Neste mês de junho, além dos 414 anos de sua morte, também fazem 31 anos desde a sua beatificação.

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